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domingo, 11 de outubro de 2009

Chefes autoritarios podem causar ulcera. Saibam como conviver com eles.

http://vamoscorrendo.files.wordpress.com/2009/06/meus_chefes1.jpg


     Se você fizer uma consulta no Google com o verbete "chefe" vai achar mais de 15 milhões de links. Se colocar "Chefe Autoritário" vão aparecer 400 mil.
     De qualquer forma são numeros imensos que apenas identificam o interesse - milenar - por esta figura que povoa (dizem os mais recalcitrantes que polui) os ambientes corporativos desde que o mundo é mundo.
     Por isto mesmo não vou fazer maiores comentários a respeito do que seja a figura do chefe. Vou direto ao tema. O "Chefe Autoritário" e como lidar com ele.
     A pergunta que não quer calar é: - Quem nunca teve um chefe desses? Aquele cara imperial, despótico, dominador, impositivo? Se tamanho  infortúnio nunca passou pela sua vida considere-se um ser humano favorecido pelos deuses.
     É incrível, mas não parece que (quase) todos os chefes são autoritarios? E pior do que isso, normalmente não são eles os mais bem sucedidos em suas corporações? Essa é a minha impressão depois de longos anos de convivio com muitas chefias quer sejam diretas ou indiretas e conhecidas.
     Eu mesmo já experimentei minhas fases de autoritarismo. Principalmente quando se é jovem e logo colocado em posição de mando sem passar direito por aquelas fases preliminares de "aprendiz". O "poder", por menor que seja, é um canto de sereia. Se não estiver pronto para ele o jovem chefe será enfeitiçado e a forma mais explicita desse encantamento é o autoritarismo e o despotismo.
     Se um bom conselho posso dar aos jovens membros das corporações que estejam ocupando posições de chefia é que não escutem esse "canto das sereias". O autoritarismo é a antessala da arrogância e da vaidade, duas harpias vorazes que devoram as carreiras mais brilhantes. O jovem chefe autoritário dificilmente se livrará desse vírus e mais tarde, já experiente será consumido pela ambição, pela arrogancia e pela vaidade.
     Estarei sendo dramático? É só olhar à volta e saber ler e interpretar as vidas dos grandes lideres e comandantes que enchem as paginas da historia e quase sempre tiveram um final trágico. Quer exemplos? Alexandre, Julio Cesar, Napoleão, Henrique VIII e por ai vai. No mundo moderno também é assim.
     Tive muitos chefes (aliás, a maioria) autocratas. São dificeis de conviver, pois não admitem os seus desacertos e não dialogam sobre seus projetos. Não solicitam, ordenam. Não corrigem, condenam. Não conversam, fazem discursos. Não unem, dividem. Não elogiam, ignoram. Assim são eles. Mas são os chefes... O que fazer? Esta é a resposta que o artigo de Gustavo G. Boog, um especialista no tema e autor de vários livros se propõe a nos dar.
Leiam só este trecho para despertar a curiosidade:
  • [...] "Chefes centralizadores são muito invasivos de nossos limites, "obrigando-nos" muitas vezes a agirmos contra nossa vontade. Tenha claro para você mesmo quais são os seus limites. Não faça concessões em assuntos que envolvam a ética. Lembre-se que você deve estar bem consigo mesmo. O melhor emprego do mundo não vale a perda da tranqüilidade, de encostar a cabeça no travesseiro e dormir sem pesos na consciência." [...]
     É isso ai! São dez regras básicas para você conviver com aquele chefe autoritário, autocrata e déspota que parece pensar que é a reencarnação de um Faraó. Se não der certo, bem, o próprio Boog responde ao final do artigo.




Como lidar com um chefe autocrático (sem ficar com úlceras...)

Gustavo G. Boog (*)

http://www.guiarh.com.br/imagemLOGO.gif [clique no logotipo ao lado e visite o site "Guia RH"]

"Ficar subordinado a uma chefia com traços centralizadores e esmagadores da auto- estima não é tarefa fácil. Apesar deste tipo de liderança estar com os dias contados, é ainda muito comum nós nos depararmos com este autêntico representante de paradigmas superados. Neste contexto é inevitável a pergunta: como lidar com um chefe assim ? Como mudar esta pessoa ? Ao se discutir formas mais flexíveis de liderar, surge a "pedra no caminho" : o chefe "linha dura". Como agir ?
Bem, em primeiro lugar, lembrar-se sempre que você não tem poder de mudar o seu chefe (aliás, nós não temos poder de mudar ninguém ...). O que nós temos poder é de apoiar e estimular mudanças, mas nunca de mudar. Em segundo lugar, é bom ter a consciência de que você está em desvantagem nesta relação. O chefe tem usualmente poder de vida e morte sobre os subordinados, e "cutucar a onça com vara curta" pode ser fatal. Para lidar com um chefe assim é preciso ter um plano de ação e não reações emocionais a esta situação.
Algumas sugestões práticas:


1. Vale a pena ingressar neste projeto de "estimular as mudanças" na chefia ?
Para isto, temos que avaliar nossas ações x o que queremos atingir. Se, por exemplo, tenho planos e possibilidades concretas de ser transferido, promovido ou até sair da empresa, talvez uma abordagem de mudança não seja a mais adequada. Mas, se você aposta na sua empresa e na área onde está situado, ai sim vale a pena "encarar" este projeto.
Outro ponto é avaliar se o chefe tem condições mínimas de aceitar "estímulos de mudança". Apesar do potencial inato de mudanças de todas as pessoas, muitas vezes na posição de subordinado não temos condições de apoiar uma mudança. Muitas vezes o chefe simplesmente não quer mudar.
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2. Conquiste credibilidade demonstrando sua competência atingindo resultados
Quando o discurso não "bate" com a prática, carecemos de credibilidade e de autoridade moral para propor mudanças. Portanto, atingir resultados e ter um curriculum de realização concretas é básico para poder apoiar os outros. Dar sugestões de como os outros deveriam agir, sem uma base de resultados, não convence ninguém.
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3. Conecte suas sugestões aos objetivos da organização
Se eu entrar numa "disputa de egos" ou "vamos ver quem pode mais", é muito possível que perca, pois o chefe tem a "faca e queijo na mão". Além do mais, se chegarmos num impasse do tipo "ou ele, ou eu", geralmente a organização fica do lado do chefe (mesmo que eu tenha "razão"). Portanto, ações e subterfúgios de mudança para minar o seu chefe e fortalecer a sua posição usualmente são muito perigosos, não contribuem para a empresa e tornam rígidas as posições do chefe ao invés de flexibilizá-las.
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http://brigadeiroribeirao.zip.net/images/chefe.jpg


4. Sugira (com cuidado) ações e contatos com empresas e pessoas gerencialmente avançadas
Muitas são as ações possíveis:
  • participar de entidades de classe ou grupamentos empresariais onde se pratica um gerenciamento avançado.
  • inscrever-se em cursos de especialização em administração ou gestão, com enfoques inovadores. Às vezes a participação num curso no exterior é mais atrativa e eficaz
  • visitas, estágios e contatos com organizações que praticam a excelência
  • leitura: disponibilize livros, revistas ou artigos selecionados
  • convidar conferencistas para palestras curtas em sua empresa.
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5. Peça a seu chefe para fazer uma avaliação de sua forma de atuar profissionalmente
Além de isto trazer um feed back importante, muitas vezes cria o clima e condições para um "papo" mais descontraído, onde talvez o chefe também peça um feed back sobre a atuação dele. Aí, aproveite a oportunidade (mas vá com calma).
Muitos livros e artigos de gerenciamento trazem modelos a serem preenchidos. Use um destes como pretexto para um papo deste tipo. Nesta mesma linha, você também pode pedir uma avaliação de seu desempenho, de seu potencial e das possibilidades de carreira na empresa. Todas estas colocações devem ser feitas quando houver um mínimo de condições emocionais de seu chefe. Por exemplo, se a empresa acabou de perder um grande cliente, este não é um bom momento para iniciar esta conversa.

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. 6. Peça para seu chefe contar quais foram os fatores de sucesso na carreira dele
Com isto você terá mais chances de conhecê-lo, e identificar pontos com maior chance de sensibilizá-lo para mudanças. Além do mais, as pessoas gostam geralmente de falar sobre os seus feitos e conquistas. Isto cria uma saudável aproximação com o seu chefe.
Atenção: nunca quebre o sigilo destas informações e nem as use para seu proveito pessoal.

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7. Peça para rever delegações
Ao discutir sobre responsabilidades - autonomia decisória - prestação de contas você pode mostrar como a centralização dele e falta de autonomia sua estão "emperrando" o fluxo dos processos da sua empresa. Mostre que você tem preparo técnico e dedicação para fazer mais (isto deverá ser verdadeiro !). Ao receber mais delegação mostre que está capacitado e desejoso de assumir maiores responsabilidades e os riscos que isto representa.



http://mobpop.blogtv.uol.com.br/img/Image/Mobpop/2008/Outubro/chefe.jpg


8. Demonstre sua preocupação com o stress e sobrecarga dele
Disponibilize sua ajuda. Se você conhecer profissionais terapeutas, indique por exemplo acupuntura, massagem, relaxamento, florais, como maneiras de ter uma vida mais equilibrada. Dê o seu testemunho pessoal. Isto cria uma saudável proximidade com a "pessoa" que está por trás do "chefe".

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.9. Defina os seus limites com muita clareza
Chefes centralizadores são muito invasivos de nossos limites, "obrigando-nos" muitas vezes a agirmos contra nossa vontade. Tenha claro para você mesmo quais são os seus limites. Não faça concessões em assuntos que envolvam a ética. Lembre-se que você deve estar bem consigo mesmo. O melhor emprego do mundo não vale a perda da tranqüilidade, de encostar a cabeça no travesseiro e dormir sem pesos na consciência.

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10. Conecte-se à dimensões humana desta situação
Aceitar o chefe em sua dimensão humana é algo fundamental. Atrás de uma atitude dura, rígida e centralizadora geralmente está alguém extremamente inseguro, infeliz e com auto-estima muito rebaixada. Aceitar a dimensão humana do chefe significa não tentar mudá-lo, ma sim criar condições e estimular a pessoa a mudar. Com todo o desconforto desta situação, não são poucas as pessoas que relatam posteriormente que viver sob um chefe autoritário foi muito importante para a própria pessoa se conectar com o seu autoritarismo pessoal. Conviver com um chefe destes não é gostoso, mas geralmente contribui muito para o nosso crescimento pessoal.

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E se nada disto der certo ?
Talvez aí seja a hora de repensar a sua carreira, de repensar esta relação profissional e talvez considerar que nesta empresa você não tem mais nada a fazer, e que iniciar um plano de retirada pode ser a melhor idéia possível. Boa Sorte !"


Fonte: (*) Gustavo G. Boog é Consultor e Terapeuta Organizacional. Diretor da Boog&Associados e Saguaro Import. Autor de diversos livros sobre management e terapias avançadas, entre os quais "Energize sua empresa !", publicado originalmente Revista RH em Síntese.
Boog & Associados
Tel./Fax: (011) 5183-5187 / 5183-5096
E-mail: boog@sti.com.br

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