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domingo, 13 de setembro de 2009

Como alavancar sua carreira (Catho)

Gosto muito de reproduzir no blog os textos, matérias e entrevistas que julgo apropriadas para o conhecimento dos leitores que estão "jogando o jogo" das relações corporativas. Me satisfaz, profissionalmente, pensar que estas pessoas que não tiveram a oportunidade - por isso ou por aquilo - de ler estas matérias.
Na minha função de diretor estou sempre provocando as pessoas que trabalham comigo a ler textos e artigos que lhes envio e solicitando que os divulguem. Considero que, na minha carreira (da qual me orgulho) fui muito apoiado pelos amigos, chefes e companheiros que estavam sempre trocando estes artigos comigo e discutindo-os sempre que oportunidades apareciam. Ainda hoje, faço isto com alguns deles.
Todavia, com o blog em ação, ao invés de mandar-lhes e-mails ou textos impressos coloco as matérias na Oficina de Gerencia e os convido a le-las.
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Esta matéria que está reproduzida no post eu recebi pela Newsletter da Catho - "Carreira e Sucesso" - onde já li excelentes textos e aprendi muita coisa. Neste caso trata-se de um entrevista com um professor da Universidade Cidade de São Paulo, Fabiano Caxito *, que acaba de escrever um livro intitulado "Não deixo a vida me levar, a vida levo eu!" publicado pela Editora Saraiva.
Na entrevista ele coloca conceitos interessantes e atuais sobre os problemas que afligem todos aqueles que estão preocupados com os rumos das suas carreiras e pretendem adotar atitudes que possam lhes trazer segurança; ou seja todos aqueles que trabalham em alguma corporação.
Leiam com atenção. O professor Caxito tem experiencia e sabe o que diz.

* O professor Caxito é blogueiro também. Mantém o "Acelere sua Carreira" com muito entusiasmo.
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Entrevista
Fabiano Caxito: Como alavancar sua carreira





Por Daniel Limas

Você certamente já deve ter ouvido a música “Deixa a vida me levar”, cantada por Zeca Pagodinho. Mas, o que essa música tem a ver com carreiras profissionais?

Acredite, foi neste samba que Fabiano Caxito, doutorando e mestre em administração estratégica e graduado em gestão financeira, encontrou o mote para o livro que acaba de lançar pela Editora Saraiva, Não deixo a vida me levar, a vida levo eu!. Nesta publicação, Caxito reúne pontos fundamentais para responder uma pergunta que muitas pessoas hoje se fazem: afinal, o que é importante para ser um profissional de sucesso – seja atuando numa empresa ou gerindo o próprio negócio?

Nessa entrevista exclusiva para o Carreira & Sucesso, Caxito explica que o principal diferencial está em tomar as rédeas da vida profissional. Além disso, ele detalha alguns pontos tratados em seu livro e indica várias dicas super importantes para quem quer se aprimorar como profissional e alavancar sua carreira. O professor, que além da atuação acadêmica também trabalhou em grandes empresas, usa sua própria experiência como exemplo.

Fabiano Caxito é coordenador dos cursos de especialização em Logística das Operações Comerciais, Comércio Exterior e Gestão em Vendas da Universidade Cidade de São Paulo, instituição na qual é professor do curso de Graduação Tecnológica e assessor da Pró-reitoria de Assuntos Comunitários, Culturais e de Extensão. É autor dos livros "Recrutamento e Seleção e Administração da Produção", publicados pela editora IESDE, e do "Guia dos Cursos Tecnológicos do Ensino Médio à pós-graduação em apenas 3 anos" (editora Digerati). Assina também a coluna “Acelere sua carreira”, da revista Yellow Magazine, de circulação mensal na cidade de São Paulo.


Acompanhe a entrevista!

Conte um pouco sobre sua experiência profissional nas empresas.
Eu já atuei na área Comercial de grandes empresas, em especial a Ambev, na qual percorri todos os escalões da área Comercial, começando como repositor de produtos em supermercado, vendedor, supervisor de Marketing, supervisor de Vendas, gerente de Vendas, gerente Comercial e gerente de Planejamento Estratégico.

Como surgiu a ideia de escrever o livro “Não deixo a vida me levar, a vida levo eu!”?
O livro surgiu da minha experiência como professor. Ao contar a história de minha mudança profissional, os alunos sempre ficavam muito interessados e pediam para que eu relatasse como foi o processo de mudança. Então, desenvolvi uma série de cursos de extensão, chamados "Acelere Sua Carreira", que abordam o planejamento de carreira, network, marketing pessoal, oratória.

O material desenvolvido para estes cursos se transformou em colunas mensais em uma revista paulistana, chamada Yellow Magazine. Depois, apresentei durante um ano um programa de rádio na Mundial FM, cujos temas passaram a ser discutidos com convidados e ouvintes e geraram uma grande quantidade de material, que deram origem ao livro.

Muitos profissionais se queixam que colecionam uma série de bons resultados, mas dificilmente conseguem promoções. Você já viveu isso?
Sim. E este foi um dos motivos que me levaram a buscar uma nova carreira, mesmo me encontrando no auge de minha atuação profissional, aos 35 anos.

Os motivos que levam a esta estagnação da carreira podem estar relacionados com a empresa que não oferece novas oportunidades de crescimento. Mas acredito também que isso se deve ao profissional, que deixa de se desenvolver e se instala em uma zona de conforto.

O que você decidiu fazer quando se viu nessa situação?
Fiz uma grande análise de minha vida pessoal e profissional. Descobri o que me deixava feliz em minha profissão (a oportunidade de conhecer pessoas, a possibilidade de realizar treinamentos e repassar conhecimentos, a vontade de aprender) e percebi que meu sonho era me tornar um professor. Mas, meu currículo, naquele momento, não permitia que eu exercesse esta função.

Então, tracei um plano de carreira e um plano de ação, com uma lista de todas as competências que precisava desenvolver para poder atuar como professor e como poderia desenvolver cada uma delas. E parti para a ação. Foram anos duros, em que eu emendava um trabalho estafante com uma jornada dupla de estudos. Durante um semestre, cursava o MBA e o mestrado, trabalhava na Ambev e lecionava duas noites. Mas todo o esforço valeu a pena, pois consegui redirecionar minha carreira e hoje, alio qualidade de vida com sucesso profissional e satisfação pessoal.

O que é importante para um profissional ter sucesso em sua carreira?
Creio que uma série de competências estão interligadas a este assunto. Ter a correta e clara visão de seus objetivos de longo prazo, se planejar para alcançar estes objetivos, desenvolver um bom network, criar e investir em sua marca pessoal. Também é muito importante aprender a falar em público, a construir equipes de trabalho e a compartilhar esforços e resultados. O profissional precisa se apoiar em um tripé formado pela motivação, pela disciplina (para manter sempre seus objetivos em foco) e pela flexibilidade (para se adaptar as mudanças e continuar perseguindo seus objetivos).

Ter a sensação de carreira estacionada também é outra queixa muito comum. Nesse caso, o que o profissional deve fazer para acelerar sua carreira?
Ele deve buscar desenvolver contatos e relações que possam proporcionar novas oportunidades de carreira e se preocupar em estudar sempre e desenvolver novas competências. O voluntariado é uma boa forma de abrir todo um novo leque de relações e de competências que o profissional não exercita em sua atividade atual.

O que o profissional deve fazer para refletir e escolher seus caminhos? Existe alguma técnica especial? Algum exercício?
Esta análise não pode envolver somente a vida profissional. É muito difícil separar a vida profissional da pessoal. É importante que a pessoa analise quais são seus valores fundamentais. Valores são as coisas mais importantes nas quais uma pessoa acredita. São os seus princípios, convicções, crenças, seu propósito.

Esta é a pergunta que o profissional precisa se fazer: Qual é o propósito de sua vida profissional? O que o define como profissional? Que valores o guiam?

Nenhum valor é certo ou errado: ele deve fazer sentido para cada pessoa.

Manter-se atualizado é fundamental para os profissionais? Como fazer isso? Cursos de pós-graduação são realmente bons?
Um profissional da área de Recursos Humanos me disse uma vez que, quando recebia uma quantidade muito grande de currículos para uma determinada vaga a ser preenchida, os separava em três pilhas: aqueles que não tinham nenhuma formação ou haviam estudado até o ensino médio formavam uma grande pilha. Os currículos dos candidatos com curso superior formavam uma pilha menor. E uma pequena quantidade de currículos de candidatos com pós-graduação formava a terceira pilha.

E é por esta pilha menor que o recrutador começava seu trabalho de análise. Se ele conseguisse encontrar entre os profissionais pós-graduados um candidato que atendesse aos requisitos da vaga, nem analisava o restante dos currículos. O que posso afirmar é que vale a pena fazer uma pós-graduação! Se já existe um salto no nível salarial entre os indivíduos que possuem ensino médio e aqueles que possuem curso superior, aquele que possui uma pós-graduação sobe mais um degrau.

Uma pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas em 2008 aponta que cada ano de estudo a mais aumenta 15,07% o salário do profissional. Outro dado importante que pode ser retirado da pesquisa realizada pela FGV é que quanto maior a escolaridade, maior a chance de ocupação, ou seja, diminui o tempo em busca de um emprego.

O que mais os profissionais precisam fazer para ser bem-sucedidos?
Quem faz aquilo que gosta, faz bem feito. E quem faz bem feito é reconhecido profissionalmente. Então, acho que a grande chave para o sucesso profissional é gostar daquilo que faz. Se o profissional está insatisfeito com sua vida profissional tem dois caminhos: se conformar com isto, entrar em uma zona de conforto e passar o resto da vida reclamando da própria sorte. Ou tomar as rédeas da sua vida, descobrir o que gosta realmente de fazer e transformar isto em sua profissão.

Durante a entrevista, você falou sobre planos de
ação e de carreira. O que são e como traçar esses planos?
Um plano de carreira determina aonde você quer chegar profissionalmente. É o seu sonho. Mas este sonho precisa ser transformado em objetivos e metas. Uma meta é um sonho com data e tamanho determinados. Metas devem ser específicas, ter limites e dimensões, realistas e visualizáveis.

As metas são os sonhos traduzidos de forma quantificada e com prazos estabelecidos, pois desta forma poderá ter maior controle dos resultados alcançados. Definir um prazo e um tamanho para o sonho permite que ele seja mensurável, possibilitando a avaliação e o controle das ações que o levam em direção a seu sonho.

Já o plano de ação vai ajudar a determinar como chegar lá. Vamos dizer que o plano do profissional seja ser gerente administrativo de uma grande empresa. Ao analisar o perfil deste cargo, você percebe que é necessário ter cursado uma pós-graduação. Mas você ainda nem começou a faculdade. Como vai conseguir chegar lá? Esta é a função do plano de ação.

De posse das competências e de todos os detalhes necessários para que seu objetivo se realize, o plano de ação vai dizer ano a ano, e melhor ainda, mês a mês, tudo aquilo que você precisa fazer para se transformar no profissional que deseja ser.

Uma boa ferramenta para acompanhar seu plano de ação é escrever seu currículo como está atualmente. Depois, escreva seu currículo como ele será daqui a cinco anos. A cada seis meses, reescreva seu currículo e compare com seu currículo ideal.

Desta forma, você terá uma ferramenta prática para avaliar seu progresso em direção ao seu objetivo.

Na sua opinião, qual o problema mais recorrente aos profissionais de uma forma geral?
Creio que é acreditar que quem deve determinar os rumos de sua carreira é a empresa. Esperar que a empresa pague um curso, invista em treinamento, o promova, etc. Mesmo que o profissional mude de empresa, continua achando que a responsabilidade pela sua carreira é da área de Recursos Humanos. Sua carreira é uma responsabilidade sua. Você deve determinar onde quer chegar.

O que significa a expressão “Usar o tanque reserva”?
Quando determinamos nossos objetivos, sempre imaginamos que tudo acontecerá da melhor maneira possível e que todos os nossos sonhos se realizarão com facilidade. Porém, a realidade nem sempre é como sonhamos. Nossos planos e objetivos vão, diversas vezes, se chocar com planos e objetivos de outras pessoas.

Disciplina e flexibilidade são fundamentais para que você consiga manter-se motivado caso seus planos sejam frustrados ou atrapalhados por situações não esperadas. É neste momento que devemos usar todas as nossas energias que estão armazenadas para nos mantermos motivados a alcançar nossos objetivos.
As pessoas geralmente dizem que trabalham bem em grupo. Isso é verdade?
Creio que não. E a culpa não é dos profissionais. A grande dificuldade em desenvolver equipes vencedoras está na própria cultura das empresas. Enquanto nos discursos se glorifica o trabalho em equipe, os programas de incentivo, bônus, prêmios e promoções valorizam o resultado de curto prazo e o individualismo.

As empresas querem a equipe, mas premiam o melhor. Querem o trabalho em conjunto, mas privilegiam uns em detrimento de outros, pregam a iniciativa e a criatividade, mas forçam os funcionários a se enquadrar e se conformar com a estrutura e as normas.

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3 comentários:

  1. Caro Herbert
    Obrigado Pela sua postagem!!!!
    É com a ajuda dos amigos que construimos nossa network

    Um grande abraço


    Prof. Fabiano Caxito

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  2. Caro professor Fabiano Caxito

    Sinto-me honrado com sua visita. É um prazer publicar artigos e pensamentos de quem se dedica ao ensino ligado ao mundo corporativo.
    Aqui na Oficina você tem um espaço aberto.
    Volte sempre.

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  3. Indiquei para meu filho que cursa ADM e é claro que depois eu vou ler também!
    Tem um selinho pra você lá no blog. Com carinho... Beijossss

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Convido você, caro leitor, a se manifestar sobre os assuntos postados na Oficina de Gerência. Sua participação me incentiva e provoca. Obrigado.