12 DE DEZEMBRO DE 2024 | 5ª FEIRA | DIA INTERNACIONAL DA CRIANÇA, NA RÁDIO E TELEVISÃO


Criada em 1991 pela UNICEF, a data tem como objetivo chamar a atenção dos programadores para a qualidade dos programas infantis na televisão e na rádio, assim como incentivar a participação e a transmissão de programas sobre e para as crianças. Em 2011, pelo vigésimo aniversário da data, a UNICEF deixou de coordenar este dia, sem conferir mais um tema anual para a data ou atribuir um prémio às emissoras com melhores programas para crianças sobre esse mesmo tema. Porém, a UNICEF encorajou a continuação da efeméride, já enraizada em dezenas de países do mundo e adotada por milhares de emissoras que chegam mesmo a passar maratonas de programas para crianças. Neste dia é assim habitual dar voz e tempo de antena às crianças que têm uma oportunidade única para se expressarem e para falarem sobre os seus sonhos para o futuro, conferindo-se mais esperança no mundo.

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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Estudo de Caso. Não há constante na Fórmula da Liderança.

Raramente respondo às questões que os leitores "comentaristas" colocam no blog do tipo "o que devo fazer". Acho que já tem tanta gente na internet e na mídia ocupando esse espaço que optei por explorar o blog em outra direção, como os leitores mais assíduos devem perceber.Todavia não me nego a dar opinião quando vejo uma questão bem formulada e de interesse geral. É o caso que trago nesse post. Um leitor "anônimo" escreveu recentemente o comentário abaixo em um antigo post (2008)  expondo sua situação corporativa. Ora, em 2008 eu ainda estava nos primórdios do blog e o post que publiquei então foi a transcrição da coluna que o Max Gehringer mantinha na revista Época onde ele respondia às questões colocadas por seus muitos leitores e dava conselhos sempre muito bem expostos.O leitor (e comentarista) do meu blog aproveitou o tema do Gehringer e fez a sua colocação que reproduzi abaixo juntamente com um "extrato" do post em que ele comentou. Só para referência.Vamos lá!  
Leiam o comentário do leitor e a minha resposta logo abaixo:

Anônimo deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Pergunte ao Max Gehringer":

Anônimo
 Jan 25, 2012 03:26 AM

"Estava numa instituição financeira há 15 anos e recebi uma proposta para trabalhar em outra e assumir uma carteira de clientes, proposta tentadora porque eu iria dobrar o meu salario e trabalhar próximo da minha residencia com clientes de alta renda. Aceitei a proposta e após entrar na nova instituição a historia começou a mudar. Eu não assumi uma carteira vaga e sim meu novo chefe montou uma carteira de clientes para mim, da seguinte maneira, pediu a todos os gerentes que retirassem de suas carteiras 30 clientes e passassem para mim, ou seja Max Gehringer, como voce acha que os clientes vieram para mim? Eles me enviaram os melhores? Claro que não! Resumindo não consigo desenvolver esta carteira por mais que eu tente não sai negocio, e já estou sendo cobrada pelo meu chefe e quando ameaço comentar algo sobre esta carteira escuto a seguinte frase "CASOU COM A VIUVA ASSUME OS FILHOS". O que devo fazer?"

O nosso caro leitor entrou no que comumente chamamos de "gelada" e para ficar mais na moda das gírias diremos que ele protagonizou uma "roubada".
Não é incomum que essas ''trocas esquisitas'' de empregos ocorram no mundo corporativo. Um determinado profissional está bem no seu emprego e recebe proposta tentadora de uma firma concorrente. E vai. Ao chegar lá descobre que "era feliz e não sabia". Ai já é tarde. As causas podem ser várias. Vamos analisar três possibilidades. 
  • A organização que fez a proposta poderia estar apenas "esvaziando" a concorrente. O profissional no nosso case deveria ter uma carteira destacada na sua antiga empresa e o convite tentador para mudar pode ter sido uma "jogada de concorrência". Acontece muito. Por que digo isso? Não é crível que uma organização tire um empregado com 15 anos de carreira de sua concorrente prometendo melhoria considerável de condições de trabalho e o atire às feras. Seria um contrassenso. Empresas não cometem esse tipo de insensatez.
  • Outra possibilidade é que os novos empregadores estejam testando a competência e capacidade produtiva do seu novo contratado. Entregam-lhe uma carteira de clientes podres e ''soltam os cachorros'' na base do "vamos ver se o cara é bom mesmo".
  • Uma terceira possibilidade é que o nosso personagem esteja simplesmente sendo vítima de uma manobra de rejeição da corporação que não queria nenhum "estranho no ninho". Nesse caso é só saber se o  chefe ficou de acordo com a contratação de um novo operador no seu departamento.  
De qualquer maneira a situação está colocada e nesses casos a vítima precisa agir e rápido. O que deve o nosso leitor fazer? Bom, eu primeiramente tentaria dinamizar a carteira de clientes que ele considera ruim. Não entregaria os pontos assim de primeira. O que o profissional tem nas mãos é a carteira que o chefe montou para ele, logo... É o típico caso do "bom cabrito não berra". 
Pelo que o nosso personagem escreveu ele desanimou na primeira levada. Certamente imaginou que teria condições de trabalho semelhantes àquelas que construiu em 15 anos de relações na empresa anterior. Na cabeça dele idealizou ser recebido com tapete vermelho. Erro fatal para quem muda de emprego. Lembram-se da fórmula da liderança?  Já escrevi aqui no blog sobre ela.
Clique sobre a imagem e visite os posts sobre o tema
Pois é, nosso amigo cometeu um pecado quase mortal por não se considerar uma das variáveis, a mais importante, na mudança que o levou de um emprego a outro. Senão vejamos: 
  1. Alteraram-se as circunstâncias (nova empresa, novos rumos, novas políticas), 
  2. O seu ambiente de trabalho foi transformado, pois ele saiu de uma convivência de 15 anos com um grupo de pessoas e passou a fazer parte de outro ambiente, outra cultura, uma corporação estranha e desconhecida.
  3. Ele mesmo não se modificou. Quis manter-se o mesmo cara que estava lá, no seu emprego anterior. 
 O resultado foi a quebra da estabilidade na equação e nesse  caso, meus caros, não tem saída; ou ele entra na fórmula como variável ou vai se transformar no estranho que invadiu o ninho. Em outras palavras, vai se esborrachar.
O exemplo é ótimo para esclarecer casos semelhantes que ocorrem e estão acontecendo à nossa volta e a toda hora. Sejam para funções de comando e gerência ou para uma simples troca de posição dentro da mesma empresa ou mudança de emprego a fórmula é prevalecente. Todos nós somos instáveis quando se modificam as demais variáveis (circunstâncias e a equipe). Não há constantes na fórmula (lembram-se da velha  matemática...). Quem não assimilar isso vai ''queimar no mármore do inferno" como dizia um personagem de novela.



Entenderam agora porque aquele colega de repente começou a fracassar e a se indispor dentro do seu novo departamento? Ou porque aquele outro que era um ótimo supervisor de equipes não deu certo como gerente das mesmas pessoas? Se aplicarem a fórmula vão compreender tudo direitinho.  O mesmo serve para cada um de nós. 
Reduzindo toda a explicação acima à expressão mais simples o conceito chave que preside tudo isso se chama FLEXIBILIDADE. Esse é o grande talento que todos nós devemos desenvolver e cultivar em nossas vidas. E posso dizer a vocês que não é nada fácil. Comecem a experimentar... Oportunamente escreverei sobre isso. Está aberta a temporada dos comentários. 

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