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sábado, 16 de dezembro de 2023

Supere a "Síndrome do Impostor" e livre-se das "Crenças Limitantes".



O nome "Síndrome do Impostor" foi criado em 1978, em artigo escrito por duas psicólogas norte-americanas, Pauline Clance e Suzanne Imes. Apesar do tempo passado, só recentemente o tema começou a se popularizar com os adventos - também recentes - da neurociência, das palestras, publicações,  cursos de "coaching" e todo aquele aparato que surge quando uma "novidade" no campo do autoconhecimento aparece nas redes sociais e no mundo das consultorias. 

Todavia, o "Fenômeno ou a Síndrome do Impostor" existe desde os tempos imemoriais quando os homens e mulheres  se lançaram nas suas aventuras de criar coisas, conquistar espaços e realizar suas façanhas. 

Os grandes  personagens (e os pequenos também), da história da vida humana sempre tiveram dúvidas (com as exceções que confirmam a regra) sobre suas aptidões para levarem avante seus planos. Alguns se amedrontaram e recuaram e outros, os realizadores, mesmo temendo foram em frente.

É só ler as biografias dos grandes homens e mulheres que construíram a história universal. Se levanto a questão sob esse prisma é, meramente, para situá-lo no seu verdadeiro contexto, sem desmerecer nada dessa nova abordagem que traz para o conhecimento humano, moderno, esse problema tão sério quanto complexo qual seja o que está sendo chamado de "Síndrome do Impostor". 

A propósito, nos processos de "Coaching" e da Psicologia Aplicada, temos o conceito das "Crenças Limitantes" que podem ser explicadas como "visões equivocadas da realidade, porém, as enxergamos como verdade absolutaO comportamento gira em função disso, com o risco de atrapalhar a reflexão e o estímulo de capacidades", diz a psicóloga comportamental Denise Pará Diniz, coordenadora do setor de gerenciamento de estresse e qualidade de vida da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) (VivaBem-Uol) .

Ou seja, Síndrome do Impostor ou Crença Limitante - embora não sejam consideradas pelos experts como iguais, podem ser classificadas como semelhantes, pois ambas geram comportamentos nocivos à autoconfiança e se não estivermos atentos aos danos que causam podem e vão atrapalhar as vidas de quem as "cultivam".

Para encerrar esse breve comentário, antes de trazer - como é tradição da Oficina de Gerência - um artigo ilustrativo sobre o tema, permitam-me transcrever dois conceitos que retirei do Google sobre a definição da Síndrome do Impostor:

  • A síndrome do impostor é caracterizada por pessoas que têm tendência à autossabotagem. Então, o indivíduo constrói, dentro da cabeça dele, uma percepção de si mesmo de incompetência ou insuficiência. Naturalmente, todo o cérebro humano possui essa pré-disposição a colocar essa sensação de incapacidade e demérito."
  • “É uma crença dentro da pessoa de que ela não é boa o suficiente. Por mais que ela consiga vários resultados positivos, ela não consegue se perceber dentro disso. Acha que suas conquistas são fruto de sorte ou qualquer outro fator. O mérito não vai para a ela. É uma síndrome ligada às capacidades, habilidades e o não merecimento. Um nível alto de cobrança na infância é uma das grandes causas dessa sensação, mas também vem do convívio social, principalmente entre os tímidos”, pondera.

Meu conselho de mentor experiente e coach com formação técnica, é que busquem se informar e descobrir se cada um de vocês têm sintomas da síndrome ou de crenças limitantes. Eu já as tive e consegui superá-las; mas antes de tudo é preciso reconhecê-las. Boa leitura e bom proveito.



A síndrome é uma crença persistente de que o sucesso de uma pessoa se deve a uma espécie de fraude, e não às suas próprias habilidades; veja como combater isso


Pense nas pessoas mais inteligentes, competentes e bem-sucedidas que você conhece. Qual é a semelhança entre você e elas? Arrisco dizer que todos, em algum momento, já pensaram: “Eu não tenho ideia do que eu estou fazendo”, “Eu sou uma farsa” ou “Logo eles vão descobrir que eu não sou bom o bastante para isso”. A síndrome do impostor refere-se à crença persistente de que o sucesso de uma pessoa se deve à sorte ou a uma espécie de fraude, e não às suas próprias habilidades.

Em um mundo competitivo, no qual a autoimagem é frequentemente medida pelo sucesso profissional, essa síndrome tornou-se um fenômeno global, afetando indivíduos em diversos níveis de carreira. Enquanto o cientista está inseguro com os métodos de experimentação escolhidos, a diretora pensa que nunca deveria ter aceitado esse cargo, e o VP, que logo descobrirão como ele é péssimo para lidar com o momento que a empresa vive. De onde vem tanta dúvida em relação à própria capacidade? Comecemos refletindo sobre a forma como fomos educados. Até a última década, era comum que as crianças fossem tratadas com uma espécie de punitivismo pelos pais ou responsáveis, muito mais preocupados em apontar falhas do que em celebrar as conquistas e os aprendizados dos pequenos. Cenário este que, muitas vezes, se repetia na escola.

A síndrome do impostor é uma crença persistente de que o sucesso de uma pessoa se deve a uma espécie de fraude, e não às suas próprias habilidades Foto: Andrey Popov

Como aponta a psicóloga Jill Stoddard, em seu artigo na revista Psyche, também é preciso fazer um recorte de gênero, já que as mulheres costumam ser ainda mais afetadas pela síndrome do impostor. A propósito, quando os psicólogos Pauline Clance e Suzanne Imes cunharam o termo “síndrome do impostor”, em 1978, eles destacaram que essa sensação era ainda mais preponderante entre as mulheres.

Quatro décadas depois, mesmo com o aumento expressivo do número de mulheres em cargo de liderança, a tendência parece ter se mantido. O relatório Women’s Leadership Summit Report, produzido em 2021 pela consultoria global KMPG, aponta que 75% das executivas entrevistadas relataram ter sido tomadas pela síndrome do impostor em algum momento de suas carreiras, mesmo atuando em empresas listadas na Fortune 1000. 

Até os grandes atletas são acometidos pela síndrome do impostor. O jogador profissional de golfe Mark O’Meara, vencedor do Masters em 1998, já relatou ter a impressão de que não tinha tanto potencial para o esporte. Para agravar a situação, O’Meara era amigo de Tiger Woods, um dos maiores jogadores de golfe de todos os tempos. Se caísse na armadilha de se comparar ao amigo, O’Meara talvez tivesse sabotado a própria carreira. No entanto, em vez de se sentir diminuído, optou por enfrentar a própria síndrome do impostor e decidiu que poderia aprender ainda mais com o amigo. O’Meara acertou ao se inspirar em Tiger Woods, já que este mesmo dizia: “Adoro treinar minhas tacadas, experimentando-as de várias maneiras, e provar a mim mesmo que sou capaz de acertar determinada tacada se quiser”, como forma de sempre afirmar sua capacidade, em vez de diminuí-la.

E como nós, meros mortais longe de sermos grandes campeões, podemos lidar com essa sombra que insiste em pairar sobre as nossas conquistas? Aqui estão sete dicas para enfrentar a síndrome do impostor:



1• Busque Autoconhecimento: Conhecer suas habilidades e potencial é crucial para superar dúvidas internas.

2• Estabeleça Metas Realistas: Defina objetivos alcançáveis para evitar a sensação de fracasso e reforçar a confiança em suas habilidades.

3• Celebre suas Conquistas: Para cada objetivo alcançado, dê a si mesmo uma recompensa, seja uma folga, um item que você deseja comprar, ou uma experiência que você quer viver.

4• Peça Feedback: Perspectivas externas podem ajudar a dissipar dúvidas infundadas e fortalecer a autoimagem. Compartilhe suas preocupações com colegas confiáveis, mentores ou amigos.

5• Aposte no Aprendizado Contínuo: Reconheça que desconhecer algo não significa incapacidade, mas uma oportunidade de crescimento. Se um atleta campeão pôde aprender com outro, certamente você também terá em quem se espelhar.

6• Encare os Pensamentos Negativos: Avalie se seus pensamentos têm fundamentos reais e use-os como ferramentas para desenvolvimento pessoal.

7• Mantenha um Diário de Sucessos: Escreva sobre suas conquistas e progressos. Reler essas anotações pode ser um lembrete poderoso de suas habilidades e sucessos. 


Em um mundo que muitas vezes valoriza a certeza absoluta, é vital lembrar que o conhecimento é, por natureza, imperfeito e sempre em expansão. Albert Einstein, um dos maiores cientistas da história, apreciava profundamente esta imperfeição. Ele via esse mistério como a essência da vida e a base para todas as descobertas significativas. Essa percepção nos encoraja a aceitar nossas limitações no conhecimento como uma parte normal e valiosa do processo de aprendizado.

A síndrome do impostor é comum, e muitas pessoas talentosas a enfrentam. Se não há para onde fugir, aceite que ninguém sabe tudo e aproveite as oportunidades de transformar a autocrítica em autoconhecimento.

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