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segunda-feira, 6 de maio de 2013

Mesa de Trabalho é apenas isso, um local de trabalho...

O ambiente de trabalho pode se tornar mais harmonioso com a aplicação do feng shui
Quando li o artigo sobre "mesa de trabalho" no site do UOL (veja transcrição ao final desse texto) percebi imediatamente que teria de trazê-lo para o blog da Oficina de Gerência. 
O tema da organização das mesas de trabalho é um dos mais explorados pelas "pitonisas corporativas". Basta alguém clicar no Google procurando sobre "organização de mesa de trabalho" (clique aqui) que vão aparecer milhares de links e mais de 600.000 imagens sobre o assunto. Se começarmos a pesquisar o que dizem os autores de livros, consultores, palestrantes e tudo que já se produziu sobre o tema vamos concluir que quase todos escrevem e prescrevem as mesmas contradições.
Limpe, arrume, não coloque isso aqui, coloque aquilo ali, não superlote a mesa de objetos, encha a mesa de coisas, coloque coisas pessoais, tire objetos pessoais, coloque plantas, não coloque plantas, use cristais para afastar mau olhado, santinhos... Uma verdadeira Babel.
Quem for buscar conselhos nessas fontes vai pirar. Até feng shui está sendo indicado para quem queira "harmonizar" sua mesa de trabalho. Dito isso tudo não serei eu quem vai indicar para vocês como devem organizar suas mesas. 
Durante  vivência nos ambientes corporativos posso discorrer sobre as relações entre algumas pessoas com as quais dividi o espaço de trabalho e suas respectivas mesas. 
E começo logo com a minha... É organizada, mas cheia de coisas e coisinhas. Gosto de mesa cheia com tudo que preciso bem à mão. Imprescindíveis os post-its coloridos, muitas (muitas mesmo!) canetas e de todos os tipos à disposição, calendário (pelo menos dois), clipes, grampeador, cortador de papel todos juntos, rádio de pilha, TV pequena e (muitos) outros gadgets. Mas, atenção, tudo muito organizado e em seus respectivos lugares. A minha mesa transmite minha imagem para o ambiente de trabalho, não a minha personalidade.
Convivi com companheiros de trabalho, chefes e subordinados com os mais diversos estilos de organização em suas mesas. Pessoas muito inteligentes com mesas que eram a expressão da mais completa desordem e outros com mesas superorganizadas que não tinham talento algum.
Confesso que nunca percebi ou confirmei uma relação direta entre as suas mesas - organizadas ou não - e as pessoas no que diz respeito às funções e ao sucesso profissional no ambiente de trabalho. O que se percebia sim eram as impressões e as imagens pessoais transmitidas por essas pessoas aos seus colegas, chefes ou subordinados; mas diziam pouco sobre suas personalidades fora do ambiente corporativo.

De fato nunca me preocupei com as mesas de trabalho das pessoas com as quais convivi ou dirigi, mas me desgostava muito ver mesas atulhadas de coisas desorganizadas, pois passava a visão de ambientes desorganizados independentemente das pessoas que ali trabalhavam. Com certeza pegava mal para as pessoas e não para o ambiente.
É óbvio que trabalhar com pessoas cujas mesas sejam ordenadas e metódicas é muito mais agradável, mas sob o ponto de vista da eficiência e da eficácia não fazem muita diferença. São as pessoas e não suas mesas quem produzem e desempenham missões. Particularmente acho que há um preconceito contra as pessoas que não conseguem manter suas mesas arrumadas.Um dos caras mais inteligentes com os quais trabalhei tinha o retrato do caos sobre sua mesa.
Aos jovens - atenção turma da Geração Y - que estejam ocupando cargos de gerência deixo-lhes uma orientação: 
  • Não se preocupem com as mesas organizadas ou desorganizadas dos seus subordinados. Interessem-se pelas pessoas e não por suas mesas. Entretanto não permitam que a turma de "desorganizados" ultrapasse os limites de suas mesas e irradiem sua desordem para o ambiente de trabalho. 
O que está abaixo são representações de seis supostos tipos de mesas de trabalho que foram analisadas por três consultores (um especialista em organização pessoal, uma psicóloga e coach e uma consultora de etiqueta) convidados pelo site UOL Comportamento que procuraram relacionar esses estilos com os comportamentos e personalidades de seus pretensos "donos". (clique no logotipo abaixo)
A informação vale como conhecimento genérico das curiosidades que estão sendo pesquisadas no mundo corporativo, mas recomendo que não levem muito a sério as conclusões dos consultores.  São eles os tipos que chamo de "pitonisas"
Se vocês não se "encontrarem" nas descrições abaixo não se preocupem. Se por acaso você, leitor que esteja navegando por aqui, considerar que é um "bagunçado" com sua mesa de trabalho vale a pena procurar organizar-se. Não tenha dúvidas que causará um upgrade no conceito e na impressão que seus colegas têm de você e isso nunca é para ser desprezado.

Clique no logotipo e conheça o site
 



Este post foi publicado aqui na Oficina de Gerencia no dia 14/10/2012 e recebeu muitos acessos. Dei uma repaginada no texto e o trouxe de volta com mais atualidade tendo em vista sua "audiência".

Um comentário:

  1. Se as mesas indicam a personalidade da pessoa, o arranjo virtual dos computadores pessoais indicam a alma...
    A área de trabalho da tela do computador é um indício forte dos valores pessoais do usuário. Fotos de filhos, namoradas, carrões, praias paradisíacas, aviões de guerra, animais de estimação e tudo o mais que revela parte da personalidade de seu usuário.
    E o que dizer do arranjo (será que pode ser assim considerado?) interno de seu conteúdo? Dezenas de pastas e assuntos, bem ou mal organizados, sendo que alguns são provas dos piores pecados humanos (pornografia por exemplo) ou da mais pura inocência (registros das férias com filhos e pessoas queridas).
    Tudo isto com a vantagem que este mundo todo só se revela para seu “proprietário”. Diria que uma mesa de trabalho acaba sendo fichinha perto do que revela um computador em relação ao seu dono....
    SDS
    JB

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