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terça-feira, 7 de janeiro de 2020

TOC ou mania? Todo mundo tem algumas delas. Descubra qual é a sua.


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Todos já ouvimos, vimos ou lemos artigos sobre o TOC, Transtorno Obsessivo Compulsivo. Então porque cargas d’água está o blogueiro a apresentar na sua Oficina de Gerência um artigo sobre um tema tão explorado? Só no Google são aproximadamente 257.000 links para pesquisa.

A minha resposta é simples. Primeiro porque gostei do artigo, segundo porque é escrito pela psicóloga espanhola Nuria Fernandez Lopez que conheço pelos muitos textos seus que tenho lido no Blog do Grupo Finsi e terceiro porque está muito claro e compreensível fugindo da terminologia técnica que sobra nos links do Google.

Colocaria mais um item, o TOC é uma realidade pouco conduzida a sério em nossa sociedade. Normalmente levamos na gozação as pessoas dos nossos círculos que apresentam sintomas do transtorno.

No artigo a autora explica direitinho e numa linguagem direta e sem tecnicismos as diferenças entre o que seja um comportamento obsessivo compulsivo e uma simples mania ou hábito.

E como o tema se encaixa no conteúdo da Oficina de Gerência? Essa é fácil! Apenas respondam se nunca trabalharam com um colega ou sob a chefia de alguém que não tivesse pelo menos uma tendência para entrar no clube do TOC?

Começo por mim mesmo. Alguns comportamentos que tenho podem ser facilmente classificados como próximos do TOC. Cito um: o “hábito” de estar arrumando repetidamente os objetos (canetas, papeis, objetos) sobre a minha mesa nos seus lugares certos e tudo organizado e alinhado. Normal? Sim! Se isso não me tirasse (às vezes) do foco de uma reunião que está acontecendo ali mesmo, na minha frente. E a coisa fica feia quando aparece uma vontade (quase) incontrolável de organizar os objetos sobre as mesas dos outros. Já me flagrei começando a fazer isso (que mico!), mas parei antes de começar. É um TOC? Negativo! Consigo me controlar e é essa diferença que o artigo da Nuria aborda. O que é um “TOC doença” e o que é uma mania que pode ser suprimida se estiver chegando perto de ultrapassar o limite entre uma e outra . 


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Cuidado com suas manias


Nuria Fernández López
Autora - Nuria F. Lopez

As manias estão associadas a ideias, pensamentos ou impulsos recorrentes e persistentes que são considerados como exagerados ou sem sentido. A  pessoa que os experimenta realiza esforços para ignorá-los ou suprimi-los, às vezes sem sucesso. É então que se põem em marcha  os comportamentos compulsivos destinados a reduzir a ansiedade que foi motivada pela obsessão.


Contar uma e várias vezes objetos, telhas, carros, postes, semáforos, etc.; verificar repetidamente que as coisas estão na ordem desejada; verificar milhares de vezes que a porta ou a válvula de gás estão fechadas; lavar as mãos repetidamente; vestir-se sempre na mesma ordem são algumas das manias mais comuns.
A chave para saber se uma mania é uma raridade ou é algo mais sério é identificar quão frequentes e numerosas elas são. Se elas são muito numerosas ou muito frequentes estaríamos falando de um autêntico problema de comportamento que pode se tornar uma verdadeira escravidão para a pessoa que o possui.
Existem casos em que o tempo que é consumido pelo ritual ou mania é tanto que a pessoa se coloca literalmente incapacitada para levar uma vida normal.
Os psicólogos não se referem a manias ou hobbies, que são termos coloquiais, mas falam de rituais. Este tipo de comportamento é característico de pessoas que padecem de um transtorno denominado: obsessivo compulsivo. 
Imagem relacionadaEste transtorno se caracteriza porque a pessoa experimenta um estado de ansiedade ou nervosismo que por sua vez desencadeia toda uma série de pensamentos, sentimentos, sensações e ideias recorrentes, chamadas de obsessões, assim como, comportamentos e atitudes que "devem ser assumidos e realizados" sem qualquer razão aparente chamados de compulsões. As pessoas com esse transtorno levam a cabo suas compulsões (lavar as mãos, contar, organizar, etc) como um mecanismo para reduzir a ansiedade causada por pensamentos prévios do tipo "algo de ruim vai acontecer se eu não fizer isso ou aquilo" ou "eu estou contaminado, sujo"...
As manias estão associadas a ideias, pensamentos, imagens ou impulsos recorrentes e persistentes que são vividos como exagerados ou sem sentido. A pessoa que os experimenta realiza coisas para ignorá-los ou suprimi-los por vezes, sem sucesso. É então que se põem em marcha as condutas compulsivas destinadas a reduzir a ansiedade motivada pela obsessão.
Por exemplo, uma pessoa pode ter uma obsessão de contaminação e todos os seus pensamentos se voltam para identificar fontes potenciais de infecção e dependendo do grau, qualquer coisa em que tocam ou mesmo algo em particular passa a ser uma fonte de contaminação como o fato gerador de uma possível transmissão de doenças, contágio, poluição, sujeira, etc. Isso lhe gera nessa pessoa muita ansiedade, angustia e nervosismo e a forma de reduzir essa tensão é lavar as mãos ou a "área contaminada" uma ou mil vezes.
Algumas das "manias ou rituais” mais comuns são:
• Necessidade de que todas as coisas da casa estejam exatamente em seus lugares certos.
• Tendência para colocar os objetos de forma simétrica e alinhada.
• Fazer recontagem, uma e outra vez e de novo, pela necessidade de organizar, numerar e classificar.
• Medo irracional de adoecer que conduz a tomar precauções exageradas, visitando médicos por sintomas leves, proteger-se por temor das correntes de vento, contágio e tudo o que é percebido como um perigo.
Resultado de imagem para toc• A necessidade de lavar constantemente as mãos ou a boca.
• O medo de tocar as coisas que entram em contato com outras pessoas ou apertar as mãos.
• Medo exagerado de contaminar-se com produtos alimentares e seus componentes.
• Nojo das próprias secreções corporais.
• Observe a  tendência para repetidamente verificar se portas, janelas, chaves e luzes estão devidamente fechadas e / ou desligado.
• Cuidados excessivos com os gastos próprios e de outras pessoas, porque o dinheiro é considerado como "algo a ser acumulado como provisão para futuros desastres."
• Incapacidade de se desfazer de objetos desgastados ou inúteis, mesmo quando eles não têm valor sentimental.
Muitos de nós nos preocupamos com algumas das coisas que aparecem na
lista acima. A diferença entre uma preocupação e uma situação problemática pode ser estabelecida quando, no primeiro caso é algo que nos incomoda, mas não pressupõe que haja uma situação de tensão ou estresse; já no segundo caso, passa a existir uma grande tensão, angústia e desequilíbrio emocional até que se possa levar a cabo o “ritual ou a mania” (lavar-se, contar, organizar, etc). O problema do transtorno começa quando “se levar a cabo o ritual” torna-se uma necessidade imperiosa, mesmo contra a própria vontade, problema que não só atinge o doente, mas também para aqueles que convivem com essa pessoa.
Normalmente o transtorno começa com um só ritual, mas pouco a pouco vão sendo incorporados novos.
Resultado de imagem para tocOs diagnósticos de TOC geralmente são feitos pelos psicólogos ou psiquiatras que entrevistam o paciente para conhecer e compreender os seus sintomas e realizar exames físicos para descartar possíveis causas do tipo orgânico, bem como aplicar questionários que permitam fazer uma detecção precisa e determinar o tratamento.
Ainda que as causas desta doença não tenham sido claramente identificadas, a abordagem do profissional requer, em geral, a administração de medicamentos antidepressivos e psicoterapia, projetados para ensinar o paciente a reduzir a ansiedade, resolver conflitos internos e encontrar métodos eficazes para controlar o estresse. Também é possível que este tratamento seja direcionado para expor o paciente de forma repetitiva a toda situação que possa desencadear tensão, mas com acompanhamento de especialistas, de modo que aprenda a resistir à urgência da vontade de realizar suas manias ou rituais. Além disso, é possível ensinar a interromper pensamentos indesejados e concentrar-se em aliviar o nervosismo e inquietação.
Há muitos comportamentos deste tipo, tais como a obsessão por limpeza, com a ordem das coisas, etc que as pessoas à volta e sem conhecimento técnico podem perceber perfeitamente, mas cuidado, porque há pessoas que são autênticas escravas de suas obsessões. O ser humano é uma criatura de hábitos e costumes, mas como uma recomendação geral não há qualquer mal em de repente fazermos algo de uma maneira totalmente diferente de como vimos fazendo regularmente, e ver o que acontece


http://www.grupofinsi.com/blog.asp?vcblog=632
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